ZAIDA SIQUEIRA
Jornalista e fotógrafa Zaida Siqueira busca registros do cotidiano, dos ciclos, das épocas e lidas diárias estabelecendo pontes entre esses conhecimentos e o mundo contemporâneo. Sua obra resulta de intensa e ampla pesquisa dos conhecimentos humanos e suas aplicações na vida, no ambiente rural e urbano.
Nascida em São Paulo, mãe de três filhos, publicou seis livros e fez oito exposições. Desenvolveu pesquisas em diversos estados brasileiros, também em comunidades indígenas.
“Esse trabalho nasceu comigo. Desde criança, aprendi muito sobre as lidas do cotidiano, tanto na prática como na imaginação, com meus pais, avós, bisavó e tantas outras pessoas... Minha enorme curiosidade me levava a encontrá-las e observá-las, escutando histórias antigas, sobre as plantas, as chuvas e a terra, plantios e colheitas, a preparação de alimentos e sua alquimia, suas mais secretas propriedades, enfim, saberes preservados.
Fascinavam-me também as imagens que todo esse universo de preparação proporcionava, as luzes, cores e brilhos, vapores e fumaças, a beleza dos frutos, das mãos no trabalho, dos olhares entre as pessoas, uma mescla de inebriamento pela beleza plástica/estética desse universo singular e de profunda alegria e gratidão pelo conteúdo de sabedoria e conhecimento que ele oferecia...”
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Biography
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Journalist and photographer Zaida Siqueira has sought to record daily life, establishing in her exhibitions bridges between the ancestral and the contemporary. Her oeuvre results of an intense and wide-ranging research on traditions and their present applications in the life of Man, both in the rural and urban environments, redeeming and valuing such knowledge.
Born in São Paulo, mother of three children, she has developed research among Amerindian communities and in several Brazilian states
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“This work was born with me. I have learnt a lot about everyday chores from my days as a child, both in practice and in imagination, with my parents, grandparents and other people, mainly women. My great curiosity led me to meet and observe them, listening to their old tales about plants, the rain and the earth, sowing and harvesting, the preparation of food and its alchemy. Knowledge preserved. I was fascinated by the images that all this universe of preparation rendered possible: the lights, colours and brilliances, steams and smokes, the beauty of the fruit, of the hands at work, of the gazes exchanged between people. This was a mix of the inebriation with the plastic/aesthetic beauty of this singular universe and the deep joy and gratitude for the content of wisdom that this universe offered… “